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Setembro Amarelo: controle a ansiedade nas redes sociais Por Rafael Terra

Rafael Terra é autor de Bem-estar Digital (DVS Editora). Atua como professor de MBA de Marketing Digital e Redes Sociais em instituições de ensino como USP, ESPM e PUC. Imagem: Arquivo pessoal
Foto de capa Setembro Amarelo: controle a ansiedade nas redes sociais  Por Rafael Terra
Rafael Terra é autor de Bem-estar Digital (DVS Editora). Atua como professor de MBA de Marketing Digital e Redes Sociais em instituições de ensino como USP, ESPM e PUC. Imagem: Arquivo pessoal
Publicado em
11/09/2024

O Setembro Amarelo é um período dedicado à conscientização sobre a prevenção ao suicídio e à promoção da saúde mental. Em um mundo onde a conexão constante pode amplificar problemas como ansiedade e depressão, é essencial adotar práticas que promovam o bem-estar digital.

No livro "Bem-estar Digital", compartilho 12 princípios fundamentais para viver melhor no mundo hiperconectado e reduzir os impactos negativos das redes sociais. Aqui, destaco sete deles, começando pelo básico, que é monitorar seu tempo e comportamento online.

Autoconsciência digital começa com a compreensão de quanto tempo se passa conectado e como isso impacta a vida. Monitore seu uso de dispositivos e redes sociais, e questione se esse tempo está alinhado com seus valores e prioridades. Aplicativos que registram o tempo de tela podem ser ferramentas valiosas para perceber quanto do dia é consumido na internet.

É importante ser intencional com a presença online. Autenticidade digital não significa apenas evitar filtros; é sobre garantir que a presença nas redes sociais reflete quem realmente somos. Cada post, cada comentário é um pedaço de você que fica na memória dos outros. Pergunte-se: estou sendo lembrado por algo que verdadeiramente importa?

Outra atitude essencial é combater o vício em dopamina digital. Rolagens infinitas em vídeos de Reels ou TikTok podem parecer inofensivas, mas geram picos de dopamina que condicionam o cérebro a buscar gratificação instantânea. Este hábito pode se transformar em vício, dificultando a capacidade de focar em tarefas que exigem mais tempo e concentração. Para combater isso, indico a gratificação adiada: estabeleça metas e recompense-se ao completá-las, em vez de se perder em distrações digitais. Essa prática não só melhora a produtividade, mas também traz uma satisfação mais duradoura.

Escolha com cuidado quem você segue. O conteúdo consumido molda os pensamentos, emoções e, eventualmente, as ações. Faça uma revisão regular de quem segue nas redes sociais e pergunte-se se essas influências estão alinhadas com o tipo de pessoa que deseja se tornar. Seguir perfis que inspiram, educam e elevam pode transformar a experiência online e fortalecer a saúde mental.

Resiliência digital envolve a capacidade de enfrentar críticas, negatividade e a pressão das redes sociais sem deixar que isso abale o bem-estar. Para desenvolver uma mentalidade forte, deve-se aprender a diferenciar críticas construtivas de ataques pessoais. Lembre-se de que a maioria dos comentários negativos reflete mais sobre quem os faz do que sobre você. Praticar a resiliência digital é crucial para navegar pelas adversidades do mundo online sem perder o equilíbrio.

A empatia é fundamental, especialmente em um ambiente onde as palavras são facilmente mal interpretadas. Antes de postar ou comentar, considere o impacto de suas palavras. Pergunte-se: isso contribui positivamente para a conversa? Pratique a gentileza e a compreensão em suas interações online, ajudando a criar um ambiente digital mais acolhedor e menos propenso a gerar ansiedade.

A desconexão planejada é mais que uma pausa; é uma necessidade vital para recarregar as energias. Defina momentos específicos do dia para se desconectar das telas e reconectar-se consigo mesmo ou com o mundo ao seu redor. Seja uma caminhada ao ar livre, uma leitura ou uma conversa cara a cara, essas pausas são essenciais para manter um equilíbrio saudável entre o digital e o real.

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