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SETCERGS reprova decisão da Câmara dos Deputados sobre aumento da mistura obrigatória de biodiesel ao diesel

Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Rio Grande do Sul expressa preocupação com os impactos da medida na indústria de transporte rodoviário de cargas e logística / Imagem: Divulgação
Foto de capa SETCERGS reprova decisão da Câmara dos Deputados sobre aumento da mistura obrigatória de biodiesel ao diesel
Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Rio Grande do Sul expressa preocupação com os impactos da medida na indústria de transporte rodoviário de cargas e logística / Imagem: Divulgação
Publicado em
20/03/2024

Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Rio Grande do Sul expressa preocupação com os impactos da medida na indústria de transporte rodoviário de cargas e logística

O SETCERGS (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Rio Grande do Sul) manifesta sua contrariedade a decisão da Câmara dos Deputados em não aprovar a emenda que buscava evitar o aumento da mistura obrigatória de biodiesel ao diesel. A votação ocorreu na quarta-feira (13/03) e tinha a finalidade de evitar o aumento da mistura obrigatória de biodiesel ao diesel, medida que preocupa profundamente o setor de transporte rodoviário de cargas e logística.

 

A medida, presente no texto do relator, estabelece um aumento gradual da mistura de biodiesel ao diesel, atingindo 15% a partir de março de 2025 e 20% a partir de março de 2030, com possibilidade de chegar a 25% a partir de 2031, conforme autorização do Conselho Nacional de Política Energética. 

 

Segundo o presidente do SETCERGS, Sérgio Mário Gabardo apesar dos benefícios ambientais que o biodiesel pode trazer, misturas acima de 10% têm demonstrado ser prejudiciais aos motores de veículos pesados, além de causar problemas nos postos de combustível. O presidente do Sindicato reconhece o esforço do deputado Federal Bibo Nunes e de Jerônimo Goergen, assessor de relações governamentais do SETCERGS, pelo empenho na defesa dos interesses do setor.

 

O diretor de Gestão do SETCERGS, Roberto Machado, acrescenta que a medida vai impactar significativamente as operações do transporte rodoviário de cargas em todo o país.

 

“Nossa frota de caminhões não possui viabilidade técnica para suportar o aumento de percentual biodiesel sobre o diesel. Já vivemos um momento de enormes dificuldades operacionais, com o percentual de 13%, imagina agora, com 15, 16, 17, 18, 19 e 20%. Não existe tecnologia desenvolvida e em atividade, que suporte adição de biodiesel nos parâmetros propostos”, disse.

 

O deputado federal Bibo Nunes, salienta que ainda que a emenda não tinha sido aprovada, a informação importante foi colocada no texto da legislação, exigindo o laudo técnico com relação ao volume de biodiesel a ser colocado no combustível. 

 

“Esse percentual acima do que temos hoje vai prejudicar o motor, quebrando os caminhões e gerando muitos acidentes porque numa lomba por exemplo estoura o motor fica sem controle, como fica? Inclusive, eu falei que a esquerda será responsável pelos acidentes que acontecerem, caso não fosse colocado o laudo técnico para limitar o índice de biocombustíveis junto com o diesel comum. Então, foi feito um belo alerta lá nesse sentido”, disse.

 

O SETCERGS defende a revogação dos dispositivos legais que autorizam esses aumentos, retornando ao patamar de 10% de mistura. O tema será analisado, ainda, no Senado Federal. 

 

 

Sobre o SETCERGS

O Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística no Estado do Rio Grande do Sul – SETCERGS foi fundado em agosto de 1959 e é o órgão de representação sindical patronal do transporte rodoviário de cargas com base territorial na maior parte do Estado do Rio Grande do Sul.

 

Fonte: Divulgação

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