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Região dos Campos de Cima da Serra deve ter safra de pinhão maior neste ano

Com a colheita e venda do pinhão liberada desde segunda-feira (1º/04), conforme lei estadual (Nº 15.915, de 22/12/22), a semente já começa a ser ofertada. / Imagem: Rogério Fernandes
Foto de capa Região dos Campos de Cima da Serra deve ter safra de pinhão maior neste ano
Com a colheita e venda do pinhão liberada desde segunda-feira (1º/04), conforme lei estadual (Nº 15.915, de 22/12/22), a semente já começa a ser ofertada. / Imagem: Rogério Fernandes
Publicado em
08/04/2024

Com a colheita e venda do pinhão liberada desde segunda-feira (1º/04), conforme lei estadual (Nº 15.915, de 22/12/22), a semente já começa a ser ofertada. A Serra Gaúcha é a maior produtora de pinhão no Estado, especialmente as regiões dos Campos de Cima da Serra e Hortênsias, onde o produto é importante na formação da renda ou mesmo no sustento das unidades de produção familiares que trabalham com o extrativismo da semente.

Conforme levantamento realizado pelos extensionistas da Emater/RS-Ascar, assim como ocorreu em anos anteriores, a produção de pinhão na região da Serra em 2024 deverá apresentar variações entre os municípios. As estimativas iniciais apontam para uma safra semelhante à do ano passado ou entre 10% a 20% maior na região dos Campos de Cima da Serra. O município de São Francisco de Paula tem uma produção em anos normais estimada em 120 toneladas. Neste ano, estima-se uma colheita de aproximadamente 84 toneladas, o que representa um aumento de 20% em relação à safra do ano passado (70 toneladas), mas ainda inferior à produção de referência, e 170 famílias envolvidas na atividade. A maior produção, neste ano, deverá ser em Muitos Capões, chegando a 110 toneladas (aumento de 10% em relação a 2023) e 70 famílias envolvidas.

Já em Gramado e Canela, na região das Hortênsias, observa-se uma redução de 15 a 30% comparativamente à safra passada. Conforme a engenheira florestal Adelaide Ramos, extensionista da Emater/RS-Ascar, isso se deve às condições climáticas ocorridas no período de reprodução e desenvolvimento do pinhão, especialmente as estiagens que vêm se repetindo nos últimos anos, e as chuvas excessivas no final do inverno e primavera, aliadas à alternância de produção, que é uma característica da espécie.

Na região da Serra, as variedades mais precoces estão em fase de maturação e debulha, e as mais tardias em desenvolvimento da semente. As pinhas e os pinhões apresentam boa qualidade e sanidade e tamanho mediano.

Toda a colheita é manual e a cadeia produtiva apresenta poucas iniciativas de beneficiamento, industrialização e armazenamento, concentrando-se a comercialização no período que vai de abril a junho.

O preço mínimo pago para o extrativista de pinhão neste ano, conforme a Portaria do Mapa (nº 41, de 29/12/23), é de R$ 3,79/Kg.

Estimativa de produção nos municípios maiores produtores:

São Francisco de Paula

Estimativa de produção safra 2023 (toneladas): 84

Nº de famílias envolvidas: 170

Muitos Capões

Estimativa de produção safra 2023 (toneladas): 110

Nº de famílias envolvidas: 70

Cambará do Sul

Estimativa de produção safra 2023 (toneladas): 60

Nº de famílias envolvidas: 100

Bom Jesus

Estimativa de produção safra 2023 (toneladas): 45

Nº de famílias envolvidas: 120

Esmeralda

Estimativa de produção safra 2023 (toneladas): 60

Nº de famílias envolvidas: 30

A atividade é representativa ainda em Monte Alegre dos Campos, Jaquirana, Pinhal da Serra, São José dos Ausentes e Vacaria.

 

Fonte: Divulgação

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