Ainda sem data de lançamento, a adaptação foi confirmada no início de 2024.
Em polícia da memória, Yoko Ogawa conduz o leitor ao mundo das memórias perdidas. Uma ilha é vigiada pela “polícia secreta”, que busca e elimina vestígios de lembranças. Na trama, uma escritora tenta manter intactos resquícios de histórias, de algo que possa permanecer. Não é fácil, já que tudo ao redor desaparece — objetos, pertences, espécies e famílias inteiras — e ela não pode contar sequer com a própria memória.
O leitor é convidado, instintivamente, a acessar o seu próprio arcabouço de lembranças e percorre uma jornada de recordações que também gostaria de preservar. Algo que tem se tornado familiar na atualidade, e a todos que têm criado um novo mundo, já que o anterior, pré-pandemia, já não mais existe, e que nunca será como antes.
Acessar as memórias é acessar, também, o que criamos e o que se mistura ao real. Ler A polícia da memória é embarcar no mais profundo do ser. Há uma pergunta que circunda toda a narrativa: se pudesse, o que você preservaria intacto, e não perderia da memória?
Yoko Ogawa se estabeleceu como uma das escritoras de maior prestígio no Japão. Dona de diversos prêmios de literatura japonesa, entre os quais o Akutagawa pela novela Diário de gravidez, o Yomiuri por A fórmula preferida do professor, o Izumi Kyoka por Burafuman no maiso [O enterro de Brahman] e o Tanizaki por Mina no koshin [A marcha de Mina] (estes últimos ainda sem tradução no Brasil), Ogawa aborda em suas obras temas que envolvem a psiquê humana, como memória, solidão e alienação social.
Em nosso catálogo, além de A polícia da memória, Yoko Ogawa está presente com mais três títulos: O museu do silêncio (trad. Rita Kohl), A fórmula preferida do professor (trad. Shintaro Hayashi) e o nosso recém-lançado volume contendo três novelas, A piscina; Diário de gravidez; Dormitório (trad. Eunice Suenaga). Para acompanhar a novidade do filme, trazemos ainda mais uma: muito em breve adicionaremos mais um título da autora em nosso catálogo: Hotel Íris, com tradução de Jefferson José Teixeira.
Fonte: Divulgação
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