Pensando no futuro, governo, academia e iniciativa privada estudam novos parâmetros de eficiência energética
Por Homero Cremm Busnello |
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O Governo Federal, por meio do Ministério de Minas e Energia, está desenvolvendo novos padrões de eficiência energética, agora também para refrigeradores, freezers e outros produtos da chamada linha comercial leve, em parceria com o Inmetro e grandes fabricantes da indústria. O objetivo é minimizar o impacto dos futuros equipamentos no consumo de eletricidade, a fim de evitar a pressão sobre o meio ambiente trazida pela maior demanda na geração de energia.
Podemos traçar um paralelo com o segmento de veículos. Vamos imaginar que todos os veículos a combustão do Brasil, hoje cerca de 45 milhões, sejam todos convertidos para a eletricidade. Seria impossível dar conta da demanda por energia sem uma drástica ampliação na geração e distribuição, o que sabemos que demanda tempo, planejamento e muito investimento. Por isso existe a necessidade de se regulamentar o mercado de consumo de energia elétrica também para os veículos, assim como acontece hoje no segmento da refrigeração.
As gerações de energia solar e eólica já ocupam uma parte representativa do grid energético do país, 13,1%, dentro dos 78,1% de energia renovável que temos em nossa matriz energética [1]. Se compararmos à média mundial de apenas 28,1%, o Brasil tem uma clara vantagem competitiva. Temos um ótimo perfil geracional, o que nos leva à questão do consumo. Neste sentido, as políticas de estado devem regular as condições para que os equipamentos movidos a energia elétrica sejam cada vez mais eficientes.
Associadas ao esforço do governo brasileiro, há empresas que se concentram no desenvolvimento de sistemas refrigerados e soluções mais eficientes sob o ponto de vista do consumo energético — como a Tecumseh do Brasil, sediada há 50 anos em São Carlos, que fabrica compressores para condicionadores de ar e refrigeração.
Certos produtos, como os compressores da Tecumseh, são muitas vezes o coração de um outro produto – como um freezer, um ar-condicionado – e ajudam também outras empresas a atingirem suas metas ambientais de forma mais rápida e eficaz, desempenhando assim papel fundamental na redução do consumo de energia e da pegada de carbono de produtos fabricados por outros segmentos industriais.
Um exemplo disso são os compressores de refrigeração de alta eficiência energética da Tecumseh, que equipam os veículos elétricos, principalmente no arrefecimento da temperatura do conjunto de baterias, aumentando sua autonomia e durabilidade, com uso de fluidos de baixo potencial de aquecimento global.
Há também outras configurações de soluções, como aparelhos eletrodomésticos, eletrônicos, lâmpadas, além de interruptores smart que são conectados à rede wi-fi e podem ser controlados remotamente ou por sistemas inteligentes.
Outros exemplos são os novos materiais condutores, que incrementam a eficiência de motores elétricos e dos próprios compressores, expandindo a capacidade e a velocidade de refrigeração de um condicionador de ar, diminuindo assim o consumo de energia quando comparado às gerações anteriores.
O que torna tudo isso possível é a estreita e intensa colaboração que essas empresas têm com universidades renomadas no Brasil e exterior e com governos e instituições reguladoras e certificadoras nacionais e internacionais, sempre em busca de soluções que reduzam o consumo energético e balizem a formação de políticas públicas voltadas à proteção e recuperação do meio ambiente.
Referência [1] BEN 2022 - Relatório síntese. Disponível em: <https://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/PublicacoesArquivos/publicacao-675/topico-631/BEN_S%C3%ADntese_2022_PT.pdf>
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Homero Cremm Busnello é Diretor de Relações Institucionais da Tecumseh do Brasil
Fonte/Imagem: Divulgação
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