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Luis Gustavo da Silva Buske vence concurso Melhor Sommelier do RS pelo segundo ano consecutivo

Final da competição promovida pela Associação Brasileira de Sommeliers (ABS-RS) ocorreu neste sábado (3), em Bento Gonçalves.
Foto de capa Luis Gustavo da Silva Buske vence concurso Melhor Sommelier do RS pelo segundo ano consecutivo
Final da competição promovida pela Associação Brasileira de Sommeliers (ABS-RS) ocorreu neste sábado (3), em Bento Gonçalves.
Publicado em
06/06/2023

Final da competição promovida pela Associação Brasileira de Sommeliers (ABS-RS) ocorreu neste sábado (3), em Bento Gonçalves. No mesmo dia foi realizada a 3ª Jornada do Sommelier, que debateu temas ligados à sustentabilidade no mundo do vinho

Tem bicampeão no concurso Melhor Sommelier do Rio Grande do Sul, promovido pela seccional gaúcha da Associação Brasileira de Sommeliers (ABS-RS)Luis Gustavo da Silva Buske conquistou o título pela segunda vez seguida, após a finalíssima que ocorreu na tarde de ontem (3), no Spa do Vinho, em Bento Gonçalves, e que também contou com um estreante em finais, Marcelo dos Santos, e com a campeão da primeira edição do certame, Deisi da Costa.  No mesmo dia foi realizada a 3ª Jornada do Sommelier, com assuntos relacionados à sustentabilidade da cadeia vitivinícola (leia mais abaixo) e a segunda feira de vinhos da ABS-RS.

Buske (32) atua há 8 anos no Restaurante Braziolli, de Gramado, na Serra Gaúcha. Segundo ele o que o motivou a voltar a concorrer foi se desafiar a evoluir ainda mais, e também se preparar para o concurso de Melhor Sommelier do Brasil que será realizado no segundo semestre. 

“Esse prêmio serve como um estímulo para continuar estudando. Participo desde a primeira edição e a cada ano o nível está mais elevado. É sempre muito difícil administrar o tempo, sob pressão e exercer o serviço do vinho com os desafios que foram colocados”, resumiu. 

O bicampeão iniciou a carreira como garçom e atualmente está na gerência do restaurante. Ele conta que faz parte do seu dia a dia a condução de um serviço formal, como é exigido no concurso, mas que os elementos-surpresas que foram colocados acabaram trazendo dificuldades extras na final.


“É importante que as empresas valorizem a profissão do Sommelier porque ela é fundamental para que se amplie a cultura do vinho no país. Com mais conhecimento teremos um mercado mais maduro em todas as pontas”, defendeu.

Antes de anunciar o vencedor, o presidente da ABS-RS, Júlio César Kunz, destacou a coragem dos finalistas em se colocarem à prova. Segundo ele, a profissão de Sommelier exige que os profissionais se exponham e quem ganham são os consumidores por contarem com um serviço com excelência cada vez maior.   

Presidido por Mauricio Roloff (diretor da ABS-RS), o júri foi composto por Ricardo Morari (presidente da ABE), Patrícia Binz (ABS-RS); Angélica Brandalise (gestora do Sebrae RS), Marcelo Vargas (diretor da ABS-RS), Karina Licks Zini (gerente do Hotel e Spa do Vinho), Andreia Gentilini Milan (diretora da ABS-RS), Rodrigo Bellora (chef do Valle Rústico), Wallace Gonçalves (Melhor Sommelier do Brasil) de 2022), Lucia de León (INAVI), Jussara Konrad (gestora da Wine South America) , Michel Waller (jornalista), Júlio César Kunz (presidente da ABS-RS), Gladimir Zanella (SEGH) e Marcos Graciani (ABS-RS).

 

Jornada do Sommelier debateu temas ligados à sustentabilidade   

Assumindo um protagonismo em assuntos que tem sido discutidos e que afetam todo o setor vinícola brasileiro, a ABS-RS promoveu a 3ª Jornada do Sommelier. Temas como governança e compliance e ESG, alçados à pauta nacional nos últimos meses, foram expostos por representantes brasileiros e estrangeiros, com exemplos, projetos que estão sendo desenvolvidos e metas para os próximos anos.
Abrindo o painel “Equidade no vinho: boas práticas do vinhedo à taça”, Erica Taylor, diretora geral da South African Sommeliers Association (SASA), fez um resgate histórico da vitivinicultura do país, que passou por desafios como o Apartheid, crises hídricas e a própria pandemia que aceleraram a busca por um modelo de produção sustentável. Erica abordou as certificações que ajudam a conciliar os cuidados com o meio ambiente associadas ao foco na produção de vinhos premium.         

“Hoje temos cerca de 45% dos vinhedos qualificados para receber as certificações de sustentabilidade no país. Não há como ter acesso e conquistar mercados premium, como a Europa, sem uma agenda ESG robusta”, detalhou.

O gerente Geral de Marketing e Vendas da Cooperativa Vinícola Aurora, Rodrigo Valerio, mostrou de que forma a empresa vem trabalhando no que chamou de “jornada de transformação”. Valerio destacou os pilares de boas práticas agrícolas e trabalhistas, ESG e de compliance e governança. 

Deborah Villas-Bôas Dadalt, diretora do Spa do Vinho, apresentou algumas das características que fazem do Vale dos Vinhedos um dos 10 principais destinos enoturísticos do mundo. Deborah reforçou que a identidade é fundamental no chamado turismo do vinho, para que as pessoas associem as empresas que fazem parte de uma região com o destino turístico.

Eleito o Melhor Sommelier do Brasil em 2022, Wallace Gonçalves Neves compartilhou com o público os desafios da profissão que precisam acompanhar as mudanças de mercado e de perfil de consumidor. Neves afirmou que além de auxiliar na escolha dos vinhos e nas sugestões de harmonizações, por exemplo, o Sommelier acaba fazendo o papel de Relações Públicas do estabelecimento, já que é, muitas vezes, o profissional que tem um contato mais próximo ao cliente.

No painel “Vitivinicultura Sustentável: o Caminho para um Futuro Responsável”, Lucia Bentancor de León, inspetora do Instituto Nacional de Vitivinicultura do Uruguai (INAVI), detalhou de que forma o país vem trabalhando no fomento à produção sustentável desde 2018 e que deverá certificar todas as vinícolas até o próximo ano. Ela informou que o próprio INAVI subsidia com US$ 750 propriedades de até 5 hectares e com US$ 1 mil para vinhedos acima de 50 ha.

“Esse trabalho de certificação está alicerçado em promover segurança alimentar, responsabilidade social e sustentabilidade ambiental e econômica. Um dos focos é reduzir o impacto da produção de uvas ao meio ambiente, além de atender às exigências que o próprio mercado vem tomando quanto às práticas agrícolas”, contextualizou. 

Philippe Mevel, diretor de produção da Chandon do Brasil e Giovanni Ferrari, enólogo e proprietário da Vinícola Arte Viva, demonstraram de que forma as empresas, de diferentes portes, estão conectadas com os processos de sustentabilidade que o mundo exige.

O painel ainda foi comentado por Ricardo Morari, presidente da Associação Brasileira de Enologia (ABE) e Rodrigo Bellora, chef e proprietário do restaurante Valle Rústico.

 

Fonte: Divulgação

Imagens: Cleber Brauner          

 

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