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Inteligência artificial nas escolas: aplicações e implicações

Com os 5 anos da LGPD, Guilherme Camargo, especialista em educação e fundador da Sejunta Tecnologia, defende o uso da Inteligência Artificial na Educação com instrução e segurança / Imagem: Divulgação
Foto de capa Inteligência artificial nas escolas: aplicações e implicações
Com os 5 anos da LGPD, Guilherme Camargo, especialista em educação e fundador da Sejunta Tecnologia, defende o uso da Inteligência Artificial na Educação com instrução e segurança / Imagem: Divulgação
Publicado em
06/09/2023

Com os 5 anos da LGPD, Guilherme Camargo, especialista em educação e fundador da Sejunta Tecnologia, defende o uso da Inteligência Artificial na Educação com instrução e segurança

A Lei Geral de Proteção de Dados (Lei n° 13.709/18), mais conhecida como LGPD, foi promulgada há cinco anos, em 14 de agosto de 2018. No texto, o objetivo dessa lei é claro: “proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural”, em se tratando de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, para pessoas naturais e jurídicas em território nacional.

Para Guilherme Camargo, especialista em educação e fundador da Sejunta Tecnologia - consultoria de tecnologia educacional que busca facilitar sua introdução na aprendizagem -, “a LGPD trouxe muitos ganhos para a sociedade brasileira como um todo, principalmente, por colocar um holofote nos problemas relacionado a preservação de dados de pessoas físicas. Hoje, por exemplo, podemos escolher com quem queremos compartilhar os nossos dados”.

Em relação às escolas, ele destaca que “a legislação trata dados de menores de idade de uma forma muito específica, atribuindo uma série de exigências que vão da expressa explicação do motivo da coleta de determinados dados e sua efetiva funcionalidade até a autorização expressa de pais e/ou responsáveis para a coleta desses dados”.

Em se tratando de IA, esse tópico se enquadra em uma série de outros itens que precisam ser trabalhados com os estudantes. Camargo sugere que pontos como redes sociais sejam abordados em disciplinas como Ética e Cidadania Digital. “A minha recomendação é que os estudantes sejam provocados a analisar cenários e tomar decisões em relação a eles para que aprendam a escolher os caminhos mais apropriados, preservando a própria privacidade e os dados. Esse trabalho ajudará o estudante a tomar melhores decisões, principalmente, quando estiver sozinho, sem a supervisão de um responsável”, esclarece o fundador da Sejunta Tecnologia.

 

A Inteligência Artificial nas escolas

No contexto atual, no qual são exigidas novas habilidades, os profissionais do futuro precisarão colocar em prática as capacidades de solucionar problemas complexos com criatividade e de maneira crítica, considerando, por exemplo, a chegada de ferramentas de Inteligência Artificial (tais como ChatGPT). Assim, é papel do educador instruir os jovens estudantes para que eles estejam mais bem preparados para resolver desafios que já se apresentam a eles.

"A verdade é que a IA já está no bolso do estudante, em seus smartphones. É inevitável. Agora, a escola tem uma decisão muito importante: prepará-lo para usar o melhor dessas tecnologias ou abolir de sua estrutura integralmente para evitar riscos”, provoca Guilherme.

Segundo ele, o papel da escola é ajudar os estudantes a tomarem decisões importantes em relação à tecnologia. Para tanto, o especialista em educação aconselha atividades que tragam um contexto antes da atividade em si, conectando muito mais o estudante à prática e o ajudando a entender a relação do conteúdo com o mundo real.

Assim, “uma atividade simples que leva os estudantes a escreverem exemplos de recursos de IA que estão dentro dos dispositivos comuns à sua rotina os ajudará a perceber como essa forma de tecnologia já está presente em suas vidas. O grande objetivo desse exercício é avançar para uma reflexão sobre como a IA pode prejudicar as pessoas de uma maneira geral, socializando o assunto. Por fim, os estudantes seriam convidados a utilizar a IA para endereçar soluções às disfunções que foram apontadas por eles, junto com um plano de ação que possa servir para educar a comunidade”, indica.

 

Democratização do ensino e a IA

A Inteligência Artificial proporciona muitas facilidades e acessos a diferentes conhecimentos, podendo contribuir com a formação acadêmica e profissional dos jovens, produzindo textos, códigos etc. No entanto, Guilherme Camargo acredita que a IA tem grande potencial para potencializar a desigualdade, uma vez que, “o ensino sobre como utilizar essa tecnologia e, sobretudo, a respeito da validação dos dados que ela fornece, pode não se estender aos alunos de todos os contextos. Nesse caso, teremos estudantes indo para o mercado de trabalho com mais uma lacuna, o que pode tornar a nossa sociedade ainda mais desigual”.

Portanto, o segredo é “ensinar o estudante sobre IA e dar a ele meios de acessar o conhecimento e discerni-lo, pois, assim, ele poderá avançar sozinho, proporcionando condições para que ele se desenvolva plenamente e exerça o seu protagonismo. Inclusive, a ‘domesticação’ desse aprendizado também é fundamental, desenvolvendo as mesmas atividades feitas em sala de aula com a família: dando contexto, ajudando-os a entender que a IA está presente em nossas vidas e que todos estamos interessados em torná-la mais uma ferramenta e um recurso para o desenvolvimento de habilidades”, conclui.

 

E-book: as aplicações e Implicações da Inteligência Artificial na Educação – Guia prático de orientação para instituições de ensino

Pensando no avanço da Inteligência Artificial e na necessidade de acompanhá-lo, a Sejunta elaborou um e-book que visa esclarecer as dúvidas, abordar os desafios e mostrar alguns caminhos possíveis para levar a IA para a sala de aula de forma responsável e eficaz. “Hoje, o tema ‘inteligência artificial’ ainda é um tabu em muitas escolas e existe muita insegurança acerca de sua adoção e implementação. Logo, o e-book busca desmistificar o que é de fato IA, trazer referências de implementações em educação ao redor do país e fornecer exemplos sobre como dar o primeiro passo”, afirma Guilherme Camargo.

Primeiramente, há destaque para o porquê de um maior investimento de escolas nessa tecnologia ser tão necessário. Para o especialista, a personalização do aprendizado é uma das maiores vantagens, juntamente com efetividade – ao trabalhar lacunas no aprendizado -, experiência numa aprendizagem colaborativa e acessibilidade - com ferramentas capazes de auxiliar o professor no planejamento de uma atividade que seja inclusiva desde sua concepção para estudantes com deficiência, por exemplo.

Depois, o e-book reflete sobre como a IA é um apoio ao professor, sendo uma forma de poupar tempo dos docentes e gerar uma economia de custos. Economia esta comprovada num levantamento da McKinsey Digital de 2023, em que 90% das empresas obtiveram economia de custos com a implementação da IA e 75% observaram crescimento de receita com a adoção de IA.

Há também um guia prático para implementar IA na escola, indicando tipos de Inteligência Artificial que podem ser aplicadas nas instituições escolares. Dentre elas, ferramentas operacionais, de diagnóstico, softwares de gamificação e a IA generativa (na qual o ChatGPT se enquadra).

Ao final, o material repercute o papel da escola na segurança de dados e a educação do futuro.

“A Sejunta desenvolve e-books frequentemente, com o objetivo de apoiar instituições de ensino em suas discussões internas sobre o uso e adoção de tecnologias. Este e-book tem características distintas dos outros materiais que desenvolvemos, trazendo um viés mais social e discutindo as oportunidades que uma nova tecnologia proporciona às instituições de ensino. O nome ‘Sejunta’ não existe à toa e queremos, cada vez mais, uma comunidade mais unida e trabalhando em conjunto para o desenvolvimento dos nossos estudantes”, conclui.

Para mais informações a respeito do tema deste release, disponibilizamos o e-book da Sejunta Tecnologia no link a seguir: https://bit.ly/SejuntaIA.

 

Fonte: Divulgação

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