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“E viveram felizes para sempre” existe?

O clima de romance que invade o ar na semana dos namorados, nos faz pensar no amor romântico que prega os amores eternos, felizes idealizações e expectativas de cumplicidade infinita. / Imagem: Divulgação
Foto de capa “E viveram felizes para sempre” existe?
O clima de romance que invade o ar na semana dos namorados, nos faz pensar no amor romântico que prega os amores eternos, felizes idealizações e expectativas de cumplicidade infinita. / Imagem: Divulgação
Publicado em
13/06/2023

O clima de romance que invade o ar na semana dos namorados, nos faz pensar no amor romântico que prega os amores eternos, felizes idealizações e expectativas de cumplicidade infinita. Mas afinal, o sonho de amor intenso, eterno e da construção de família perfeita, do relacionamento de contos de fadas, do “felizes para sempre” existe? É real? E como enfrentar uma separação e o luto de um amor romântico?

Reflexões que apontam os indívidos de que os relacionamentos são construções baseadas em romance, concessões, apendizados e gerenciamento de emoções. Perfeição? Nada é perfeito, tudo exige empenho, adpatabilidade e empatia.

Tanto que, as separações amorosas acabam gerando o chamado luto romântico. Luto do desejo do amor infinito. Mas por que luto? O luto é uma experiência profunda e individual que se define pela capacidade de enfrentamento da partida do outro.

É o estado de recolhimento. E esse estado passa por algumas etapas, das quais naturalmente, o ser humano, vivencia conforme sua individualidade. Alguns com mais, ou menos intensidade, conforme a estrutura sentimental de cada um, mas, se cada uma delas for bem elaborada o indivíduo poderá alcançar um equilíbrio consciente, apesar de toda dor envolvida.

Assim como o luto normal, a primeira fase do luto romântico é a negação, onde as pessoas negam a situação para combater as emoções que estão experimentando por causa da separação.

A raiva é a  segunda etapa, que ocorre quando os efeitos da negação começam a se desgastar. A raiva  envolve uma efusão de emoções da pessoa que sofre, que pode sentir-se irritada com a pessoa que a deixou ou com o que possa ter perdido.

Em seguida, temos a fase de negociação. Uma negociação, em que o enlutado experimenta pensamentos do tipo “se apenas…”.

Na quarta fase do luto temos a depressão, que surge quando ao enfrentar os aspectos práticos da perda. E por fim, temos a fase da aceitação, que é quando após externar sentimentos e angústias, reavivamento de memórias do relacionamento, positivas ou não, a tendência é o aceite de sua condição e a elaboração de estratégias pessoais de adaptação dentro da nova realidade.

Resistir e pular etapas pode fazer com que o sofrimento seja prolongado e gere assim, traumas emocionais. Por esse motivo, é importante vivenciar o luto, entregar-se à dor e chorar, se sentir vontade. Respeitando claro, o tempo de cada um.

Somos seres individuais e cada um irá agir de uma maneira. A maneira como compreendemos o momento do luto ou da separação, pode ser crucial. Se expressar sobre o luto é importante, já que, psicologicamente, não poder manifestar sua dor é uma agressão e pode alimentar outras dores somatizadas com angústia.

Verbalizar é o que vai ajudar a elaborar e a sair do luto romântico mais rápido. É um recurso muito positivo e muito saudável. Falar e ouvir sua dor e se permitir vivenciar um novo relacionamento. Sem se fechar para o amor.

Enfim, relacionamentos podem ser eternos ou duradouros sim. No entanto, para serem “felizes para sempre” é preciso entendermos que a felicidade é um estado e não uma condição. Os desafios da relação devem ser encarados, por cada parceiro, com maturidade e ressignificação. Além disso, deve-se ter a consciência de que a elaboração do luto romântico, quando este acontece, leva o tempo interno que cada um necessita.

Sabemos que a vida não é um contínuo estático, vivemos em uma constante mudança e o ser humano, é capaz de seguir em frente nas situações mais adversas. O importante não é cair, mas voltar a se levantar. Mas, se essa elaboração for difícil, o mais recomendável é buscar desenvolver uma visão mais realista do processo de separação e conseguir dar lugar a uma maior serenidade, através do enfrentamento consciente da nova condição de vida.       

 

Fonte: Divulgação                             

 

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