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Boletim da Conab traz impactos das fortes chuvas na produção de frutas e hortaliças no Rio Grande do Sul

Avaliação mostra as consequências dessas condições extremamente adversas para o plantio, escoamento e comercialização. Imagem: Valter Campanato - Agência Brasil
Foto de capa Boletim da Conab traz impactos das fortes chuvas na produção de frutas e hortaliças no Rio Grande do Sul
Avaliação mostra as consequências dessas condições extremamente adversas para o plantio, escoamento e comercialização. Imagem: Valter Campanato - Agência Brasil
Publicado em
21/05/2024


A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) trouxe uma avaliação da
situação do abastecimento das frutas e hortaliças no Rio Grande do Sul,
mostrando as consequências dessas condições extremamente adversas para o
plantio, escoamento e comercialização desses produtos. A análise, que conta
com informações de entidades representativas do setor, como as Centrais de
Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS), Ceasa Serra ADCOINTER –
Caxias do Sul e a Associação Riograndense de Empreendimentos de
Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS), está no 5º Boletim do
Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort),
publicado segunda-feira (20).

De acordo com a publicação, as operações comerciais realizadas na Central de
Abastecimento (Ceasa) do Rio Grande do Sul na capital Porto Alegre foram
transferidas para a cidade de Gravataí. Ainda assim, os problemas logísticos
dificultam fazer chegar os alimentos até a Central e os consumidores
conseguirem se abastecer e retornar para seus estabelecimentos comerciais
para ofertá-los à população. Por outro lado, a Ceasa em Caxias do Sul está
operando de forma normal, pois não foi atingida pela inundação. Contudo, o
volume comercializado está menor, uma vez que muitos produtores foram
atingidos.

Já com relação à produção dos alimentos, para as folhosas, segundo a Emater
no RS, o cenário em diversas regiões do estado é de impacto negativo pelo
longo período chuvoso, com alagamento em algumas regiões produtoras. Até
em ambientes protegidos o desenvolvimento tem sido comprometido pela
elevada umidade com baixa luminosidade. Outro problema é a impossibilidade
de realizar o manejo das áreas para a reconstrução de canteiros na maior parte
do período. Verificam-se perdas de solo, nutrientes e matéria orgânica. Na
Fronteira Oeste, os produtores de alface de Uruguaiana relatam perda de 50%
da produção em função do longo período chuvoso.

Para as frutas, uma das preocupações são com os citros. De acordo com a
empresa de assistência técnica e extensão rural gaúcha, em Santa Rosa,
grande parte das plantas cítricas apresenta carga e frutos pequenos, além da

presença de cochonilha, ácaro e pulgão. No município há oferta de variedades
precoces de bergamota Okitsu, Ponkan e Satsuma e de laranja do céu. Já em
Soledade, verifica-se atraso no desenvolvimento e na maturação de frutos por
falta de luminosidade, além de baixa qualidade.

Apesar dos problemas de logística e produção encontrados na Ceasa-RS –
Porto Alegre, a maioria dos produtos teve a cotação dos preços estáveis no
comparativo com os preços anteriores às enchentes. As altas mais destacadas,
no dia 15/05/24, foram da rúcula, couve, morango e beterraba. Já na Ceasa
Serra, em Caxias do Sul, a partir dos dados informados ao Prohort, na média
das cotações coletadas no dia 7 e 14 de maio, de 48 produtos acompanhados,
35 tiveram alta, 4 mantiveram os preços e 9 tiveram queda quando
comparados com abril.

Outras informações sobre o panorama de abastecimento de frutas e hortaliças
no Rio Grande do Sul após enchentes, bem como sobre a comercialização em
abril de frutas e hortaliças no setor atacadista, podem ser encontradas no
boletim publicado na página da Companhia: https://www.conab.gov.br/info-
agro/hortigranjeiros-prohort/boletim-hortigranjeiro

 

Fonte: Divulgação

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