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Assassinato de reputações

Ingressei na política para cumprir uma missão de vida. Por ser militar e estar sempre servindo longe do meu domicílio eleitoral, jamais havia votado. / Imagem: Divulgação
Foto de capa Assassinato de reputações
Ingressei na política para cumprir uma missão de vida. Por ser militar e estar sempre servindo longe do meu domicílio eleitoral, jamais havia votado. / Imagem: Divulgação
Publicado em
09/06/2023

Ingressei na política para cumprir uma missão de vida. Por ser militar e estar sempre servindo longe do meu domicílio eleitoral, jamais havia votado. Sempre justificava na sessão mais próxima. Meu primeiro voto foi justamente na minha própria candidatura, em 2018, para deputado estadual. Ser eleito era uma grande dúvida e algo bem distante da realidade. Acabei sendo o mais votado naquele pleito. Na eleição seguinte vim a deputado federal. Mais uma vez o campeão de votos no Rio Grande do Sul. Confesso que tudo aconteceu muito rápido. Para o bem e para o mal. O mais próximo que cheguei de cometer algum deslize foi quando levei uma advertência no quartel pelo cabelo fora do padrão. Na política, aprendi da forma mais dura como o sistema comanda a complexa engrenagem de assassinar reputações. Da noite para o dia virei um incentivador de atos antidemocráticos. O embasamento jurídico para tal denúncia foi um punhado de postagens em redes sociais entre outubro e novembro de 2022, quando ainda estava na Assembleia Legislativa. Sequer eu participei das manifestações. Pela completa falta de elementos comprobatórios, o Ministério Público Estadual entendeu que minha conduta não foi criminosa, porque não se moldava a crime algum. Até o chefe da Polícia Civil gaúcha confirmou que nada havia contra a minha pessoa. No fatídico dia 8 de janeiro estava com minha família descansando no interior de Santa Catarina. Assim que assisti aquelas cenas lamentáveis fiz questão de me posicionar nas redes sociais condenando os atos de vandalismo. A vida seguiu de forma tranquila até eu propor a criação da CPI do MST para investigar a escalada de invasões de terra no país. Na mesma semana em que fui designado presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, as denúncias que já estavam superadas e devidamente esclarecidas ressurgem com força e requintes de crueldade. É preciso destacar que eu não sou parlamentar com origem setor rural. Minhas pautas sempre foram segurança pública, escolas cívico-militares e o combate ao câncer. A cada construção de uma narrativa tentando me desqualificar, aumenta minha convicção de que estamos no caminho certo e essa convicção alimenta meu ímpeto de buscar a verdade real sobre os objetivos dos movimentos que invadem propriedades de terceiros e sobre os interesses dos financiadores dessas ações criminosas. A mais nova “acusação” é de supostamente cortar o microfone de uma deputada federal. Minha atuação tem seguido rigorosamente o Regimento Interno na Câmara dos Deputados. Meu papel é garantir o bom andamento dos trabalhos e o que temos visto são tentativas de impedir votações de requerimentos e o depoimento de convidados por meio de estratégias desrespeitosas. É lamentável que uma parlamentar instrumentalize a imprensa para gerar factoides que, por sua vez, serão utilizados para instrumentalizar a Justiça com denúncias falsas e caluniosas. Estou tranquilo e à disposição para quaisquer esclarecimentos. E mais motivado do que nunca para ajudar a devolver paz ao campo. Seguirei fazendo o que é certo, não o que é fácil.

Deputado Federal Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS)

Presidente da CPI do MST

Luciano Lorenzini Zucco, 49, é natural do Alegrete (RS). Esteve no Exército Brasileiro durante 27 anos, exercendo as funções nas áreas da Educação, Segurança e Operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). É graduado e pós-graduado em Ciências Militares e Docência do Ensino Superior, instrutor de Educação Física e paraquedista militar. Possui mestrado em Inteligência Estratégica e MBA Executivo em Segurança Pública e Privada.

 

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Fonte: Divulgação

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