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A era da Inteligência Artificial chegou e com ela a Síndrome de Obsolescência Humana

Profissionais do conhecimento começam a sentir esse impacto do seu uso, não apenas como ferramenta para a realização do trabalho, mas muitas vezes sendo substituídos em suas funções / Imagem: Divulgação
Foto de capa A era da Inteligência Artificial chegou e com ela a Síndrome de Obsolescência Humana
Profissionais do conhecimento começam a sentir esse impacto do seu uso, não apenas como ferramenta para a realização do trabalho, mas muitas vezes sendo substituídos em suas funções / Imagem: Divulgação
Publicado em
11/07/2023

*Juliana Zellauy

A Inteligência Artificial é a mais recente revolução humana, ao lado da revolução agrícola, industrial, da eletricidade, da tecnologia da informação e da internet e, assim como as demais, causará um impacto sem precedentes na humanidade.

Profissionais do conhecimento começam a sentir esse impacto do seu uso, não apenas como ferramenta para a realização do trabalho, mas muitas vezes sendo substituídos em suas funções, como é o caso de softwares específicos baseados em IA já amplamente utilizados na área jurídica, médica e de comunicação.

De fato, um estudo da McKinsey de 2017 afirma que cerca de 30% do trabalho realizado por humanos já pode ser substituído por máquinas. Diante esse cenário, pessoas que sentem que seus empregos estão ameaçados pela IA, já começam a desenvolver o que chamo de “Síndrome de Obsolescência Humana” que incluem os seguintes principais sintomas:

  1. Ansiedade e estresse: causados pela percepção de não estar preparado para enfrentar as mudanças tecnológicas no mercado de trabalho;
  2. Desmotivação e desengajamento: gerados pela sensação de que o trabalho pode se tornar obsoleto ou menos valorizado;
  3. Medo do futuro: causado pela incerteza em relação ao futuro profissional e preocupação sobre a capacidade de manter o emprego e seu sustento financeiro;
  4. Falta de perspectiva profissional: gerada pela percepção de que não há oportunidades de crescimento profissional ou alternativas viáveis de emprego afetando a autoestima e a confiança do indivíduo;
  5. Resistência à mudança: dificuldade em adotar novas tecnologias ou a aprender novas habilidades que possam ser relevantes no futuro.

Para prevenir ou lidar com esses sintomas, é essencial que os trabalhadores sejam proativos e tomem medidas para enfrentar as mudanças no mercado de trabalho impulsionadas pela IA.

Nesse sentido, para evitar o desenvolvimento da síndrome, é importante o profissional buscar antecipar tendências, se atualizar, investir em educação, e desenvolver mais flexibilidade e adaptabilidade, por meio do fortalecimento de sua inteligência emocional.

A compreensão das emoções é uma habilidade essencial que ajuda o indivíduo a se relacionar melhor consigo e com os outros, tomar decisões mais acertadas e enfrentar os desafios do mercado de trabalho de forma mais resiliente e adaptativa.

 

*Juliana Zellauy é especialista em Neurociências e Comportamento, com formação em Programação Neurolinguística, Psicologia Positiva e Mindfulness. Tem mais de 20 anos de experiência em desenvolvimento pessoal e corporativo, é palestrante, professora e autora do livro Inteligência Emocional da teoria à prática.

 

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