UCS próxima de viabilizar curso de Medicina em Torres
Reitor Gelson Leonardo Rech esteve em Brasília esta semana junto com 18 prefeitos pleiteando a demanda para a região do Litoral Norte
O reitor da Universidade de Caxias do Sul, Gelson Leonardo Rech, retornou recentemente de Brasília trazendo boas perspectivas quanto à abertura do curso de Medicina na cidade de Torres, no Litoral Norte, onde a UCS possui uma unidade desde 2020. Em agosto, o Ministério da Educação (MEC) lançará edital de chamamento público para instituições de ensino interessadas em participar do pleito, e segundo o reitor a UCS sai com “históricas vantagens” nessa disputa graças a méritos relacionados à estrutura física e corpo docente atualmente disponíveis, sem contar a tradição de 55 anos do seu curso de Medicina.
As tratativas para a instalação do curso de Medicina na UCS na Torres se iniciaram há cerca de dois anos, a partir de uma demanda da própria prefeitura local e de outras 17 cidades que integram a Associação dos Municípios do Litoral Norte (Amlinorte). Estudo recente aponta que a região do Litoral Norte tem um índice de 1,73 médicos a cada mil habitantes, enquanto que o ideal, segundo o Ministério da Saúde, seria de 2,7. O indicador para a região é significativo, e atende a critérios do Mais Médicos, programa do governo federal que desde 2013 vincula a criação de novos cursos e vagas para Medicina conforme a demanda de uma cidade ou região. “Fomos a Brasília solicitar atenção especial às universidades comunitárias, nesse caso uma reserva de vagas no processo de chamamento público. Justamente por sermos uma universidade comunitária, sempre mantivemos um relacionamento estreito com todos os municípios, entendemos e atendemos sempre que possível suas demandas. No caso de Torres, não se trata nem de abrir um novo curso de Medicina, mas de abrir mais vagas para o curso que já dispomos. A estrutura está toda pronta, estamos com toda a documentação organizada e, principalmente, temos a preferência dos prefeitos da Amlinorte”, destaca o reitor da UCS.
Caso a UCS vença no processo de chamamento público, o próximo passo será consolidar parcerias com o empresariado e o poder público da região do Litoral Norte para a edificação de um campus em Torres. “Já estamos com boas tratativas com os empresários e mantemos uma ótima relação com os prefeitos. O curso seria em Torres, mas com alcance e efeito em todos municípios daquela região. Se aprovados no edital, imaginamos que a partir do segundo semestre de 2024 já possamos estar com o projeto muito avançado, que vai oferecer 80 vagas anuais e mobilizar cerca de 100 médicos para o corpo docente. Aberto o curso de Medicina, levaremos outros cursos para lá, como Enfermagem e Fisioterapia”, adianta Rech.
Prefeitos unidos na reivindicação
O prefeito de Torres, Carlos Souza, e outros 17 prefeitos da Amlinorte acompanharam o reitor da UCS, Gelson Leonardo Rech, nas diversas reuniões com autoridades federais e parlamentares gaúchos em Brasília para solicitar apoio nas demandas da região. A avaliação da prefeitura de Torres é de que um curso de Medicina na cidade contribuiria para a formação de profissionais qualificados e comprometidos com as necessidades de saúde da comunidade. Além disso, estimularia a realização de pesquisas científicas e a produção de conhecimento na área médica, que irá gerar inovações e soluções para os problemas de saúde locais e nacionais. Outro ponto levantado é de que favoreceria a ampliação e a melhoria da rede de atenção à saúde regional, com a criação de novos serviços e equipamentos, como clínicas, ambulatórios, laboratórios e hospitais. Isso proporcionaria mais acesso e qualidade aos serviços de saúde para os moradores da cidade e dos municípios vizinhos, que hoje dependem da referência estadual para o atendimento especializado. “Temos um déficit de médicos na região, com isso se torna ainda mais importante o curso de Medicina aqui. Os leitos dos hospitais do Litoral Norte estão lotados e sem capacidade de ampliação, por isso estivemos reunidos no MEC pleiteando o curso", disse o prefeito. A infraestrutura necessária para a oferta do curso prevê um investimento privado de cerca de R$ 15 milhões.
Fonte: Divulgação