Incra/RS aprova novos preços referenciais das terras no estado
O Incra no Rio Grande no Sul atualizou o Relatório de Análise de Mercado de Terras (RAMT) e as Planilhas de Preços Referenciais (PPR), que retratam os valores dos imóveis rurais em transações praticadas no estado. Os documentos foram aprovados na reunião do Comitê de Decisão Regional (CDR) de quarta-feira (29/03), e serão disponibilizados ao público no portal do instituto.
O trabalho pesquisou 1.441 elementos nas categorias de negócios realizados, ofertas de áreas e opiniões de profissionais. Os principais parâmetros de classificação dos imóveis levam em conta a aptidão do solo, que determina seu potencial de uso, além da localização e acesso.
Os dados foram coletados entre setembro de 2022 e janeiro de 2023, abrangendo186 municípios - cerca de 100 deles receberam visitas in loco. Para isso, o Rio Grande do Sul foi dividido em onze regiões: Campanha, Planalto, Serra, Campos de Cima da Serra, Santa Maria, Pelotas, Metropolitana, Litoral, Fronteira Oeste, Missões e Central. O grupo mais numeroso é o Planalto, com 180 municípios, em oposição à Fronteira Oeste, com dez.
Dentre os resultados, o engenheiro agrônomo da Divisão de Desenvolvimento e Consolidação, Sandro Müller, destaca o expressivo encarecimento das áreas destinadas à soja nos últimos anos. O incremento no Planalto, por exemplo, foi de 150%. “A subida impactou até áreas de pecuária, em efeito dominó”, comenta. A conclusão tem como base o RAMT anterior, publicado pelo Incra em 2020.
Indicador
Este é o terceiro RAMT finalizado pelo Incra/RS, seguindo as edições publicadas em 2017 e 2020. As informações consolidadas servem como critério para o instituto definir a alçada de decisão nas aquisições de terras destinadas à reforma agrária. Também podem ser usadas pelo público como referência em transações comerciais e até na tributação de imóveis rurais.
Vida no Campo com informações da Assessoria de Comunicação do Incra no Rio Grande do Sul
Foto: INCRA