Saiba o que é preciso levar em consideração na hora de escolher os títulos para compor um acervo que traga aprendizado e diversão, contemplando tanto livros físicos como digitais
Início de ano é momento de criar metas, seja aquela mudança que há meses queremos fazer no cabelo, a academia que juramos um dia frequentar ou a extensa lista, anotada à mão, de livros aguardando serem comprados e lidos – e, dessa última, crianças e jovens não ficam de fora. Afinal, uma meta ideal para quem tem filhos é estimular o hábito da leitura, incentivando a criatividade e a imaginação, o que pode ser feito com a criação de uma biblioteca própria, com livros físicos e digitais.
“Eu acredito que a maior vantagem de montar uma biblioteca online e uma offline é dar a crianças e jovens a oportunidade de ter acesso a livros em qualquer situação ou local: tanto em casa quanto fora dela, sempre haverá livros à disposição”, afirma Laura Vecchioli do Prado, coordenadora editorial de literatura e informativos da SOMOS Educação.
Para Laura, a opção de livros digitais serve como uma alternativa à exposição excessiva às telas e às informações na internet. “Já que estamos todos cada vez mais conectados, por que não tirar um tempinho entre um vídeo e outro, ou entre um jogo e outro, para ler livros literários?”, ela sugere. Porém, ela recomenda livros digitais para crianças acima de dois anos de idade. “Para crianças menores, o ideal é comprar obras físicas, a fim de que o bebê comece a entender o que é um livro e se sinta estimulado com diferentes formas e texturas”, afirma Laura.
Além dos livros de literatura, livros didáticos também podem entrar na lista
Criar na biblioteca uma seção de consulta, composta por livros didáticos relacionados a diferentes componentes curriculares e séries da educação básica, é uma dica de Julio Cesar Santos, gerente editorial da SOMOS Educação – didáticos e plataforma par. “Se for possível folhear o livro, vale verificar se a obra propõe discussões, atividades em grupo, perguntas reflexivas, variedade de textos interessantes de circulação social (artigos de jornais, revistas, poemas etc.).”, diz ele. “Também é interessante verificar se o livro tem algum indicativo, por meio de selo ou nas referências bibliográficas, de que está de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, entre outros documentos que norteiam a educação básica brasileira”, aponta.
Outra recomendação é conferir se os autores são referências em suas áreas de atuação, se a editora que publica a obra tem tradição, além de observar a avaliação do livro em sites de e-commerce. “É interessante ainda saber o que outras famílias de alunos dizem sobre o livro, uma validação importante também para os livros de literatura”, conclui Julio
Como escolher os livros de literatura
Já para escolher obras literárias, Laura Vecchioli sugere variar tanto na seleção de autores, como de ilustradores, temas, gêneros textuais, número de páginas e formatos. “Quanto maior for o leque de opções, maior será a chance de as crianças e os jovens encontrarem um ou mais livros que lhes agradem”, afirma.
Outro ponto de partida para adotar um critério é verificar, inclusive nas redes sociais, a opinião de quem já leu as obras. “Já que estamos falando sobre a vida online, hoje a internet nos dá oportunidade de ter acesso à opinião de outras pessoas a respeito de muitas coisas, inclusive dos livros”, declara Laura.
Pensando em ajudar as famílias na formação de uma biblioteca ideal, a coordenadora separou uma lista com cinco obras literárias essenciais para compor a biblioteca do seu filho. Confira!
1. Fábulas de Esopo, de Jean de La Fontaine - Editora Scipione
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