Emater/RS-Ascar destaca importantes ações no Dia dos Povos Indígenas
Nesta quarta-feira (19/04) é celebrado o Dia dos Povos Indígenas, data criada pelo presidente Getúlio Vargas, através do Decreto-Lei 5.540 de 1943, até então intitulada "Dia do Índio". A Emater/RS-Ascar desenvolve ações de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) junto às aldeias indígenas em todo o Estado. Entre essas ações, o apoio às iniciativas de incremento e/ou geração de renda para as famílias indígenas, sendo o artesanato uma das principais fontes de renda.
Os escritórios municipais da Emater/RS-Ascar que têm presença indígena buscam oportunizar o acesso de artesã(o)s a espaços de comercialização local e regional, principalmente em feiras e eventos. Para além da questão econômica, esse processo de inclusão também contribui para o fortalecimento e a valorização da cultura dos povos indígenas no contexto do Sul do país, somando esforços para o rompimento de preconceitos e discriminações que ainda se reproduzem na sociedade.
Uma peça artesanal indígena carrega modos de saber e fazer ancestrais, tempo de dedicação para extração de matérias-primas, preparo e finalização da peça, deslocamento para venda e fonte principal de renda para muitas famílias indígenas, principalmente de mulheres responsáveis pelo sustento de seus filhos.
CURIOSIDADES
No Rio Grande do Sul são reconhecidos oficialmente quatro povos indígenas, Charrua, Guarani, Kaingang e Xokleng Konglui. Cada povo indígena possui a sua própria cultura como organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, conforme assegura o artigo 231 da Constituição Federal de 1988.
O artesanato indígena é considerado patrimônio cultural imaterial, que expressa significados sociais e culturais de um determinado povo. Quando se compra uma arte indígena, não se trata de um simples objeto de decoração ou mercadoria, mas a tradução da conexão entre território, natureza e cultura para os Povos Indígenas. Cada povo indígena confecciona suas peças artesanais com materiais tradicionais, como cipó, madeira, sementes e taquara, entre outros, obtidos no ambiente onde vivem ou circulam.
Imagem: Mariana Soares