Como as novas ferramentas de educação podem impactar o ensino de idiomas
Por Ruymara Almeida, diretora de learning da Red Balloon
A educação está em constante evolução. Novas ferramentas e metodologias surgem a todo momento para melhorar o ensino e a aprendizagem. É preciso, sem dúvida, estar atento às novidades e entender como cada uma delas funciona, o que é interessante ou não para a realidade das escolas, considerando suas especificidades, e dos estudantes. É vital que a escola e o professor lancem mão de variadas maneiras de ensinar e praticar os conteúdos abordados e promovam novas experiências para atender às peculiaridades e às necessidades de cada estudante.
O ensino personalizado é um recurso utilizado pela educação regular e que se encaixa muito bem também ao ensino de idiomas. Para ensinar qualquer tipo de conteúdo, é necessário levar em conta a fase de desenvolvimento dos estudantes e seus estilos de aprendizagem. Dessa forma, o conteúdo pode ser adaptado às potencialidades de cada um. Com o ensino de idiomas não é diferente. Para personalizá-lo, no entanto, é importante considerar a proposta da escola, o número de estudantes por sala e o repertório do professor.
As soluções de e-learning, também em alta, podem ser outra alternativa para o ensino de línguas estrangeiras. Os exercícios propostos nas plataformas têm o objetivo tanto de ensinar quanto de reforçar um conteúdo já aprendido em sala de aula. Os estudantes, especialmente aqueles com 12 anos ou mais, podem se beneficiar dessa modalidade. Eles já têm repertório linguístico e autonomia que possibilitam o estímulo das atividades na medida certa. Quando se utiliza esse tipo de estratégia, o tempo em aula é aproveitado para intensificar as práticas de conversação, por exemplo.
Há ainda os cursos online, que já existiam no ensino de idiomas, e foram potencializados após a pandemia. Minha experiência mostra que, para alunos de até 12 anos, o presencial proporciona uma experiência mais rica e envolvente. Por outro lado, jovens e adultos com pouco domínio da língua também podem se beneficiar de cursos presenciais, uma vez que a participação remota pode ser um pouco mais desafiadora. No ensino de idiomas, da mesma forma que acontece no ensino regular, a melhor estratégia é aquela que atende à proposta da escola e às necessidades e ao perfil do aluno.
Vale ainda destacar outro recurso inovador no ensino de inglês, o microlearning, Neste formato, o conteúdo é apresentado em “pílulas de conhecimento”, em vídeos, infográficos e podcasts, por exemplo. O objetivo é “quebrar” o conteúdo em partes menores para que o aluno possa assimilar e praticar de maneira mais fácil e ágil.
Independente das possibilidades e ferramentas para o ensino de idiomas, é imprescindível considerar a BNCC como norteador para a elaboração dos conteúdos a serem trabalhados. A aprendizagem socioemocional, por exemplo, pode estar presente em diversos momentos do processo ensino-aprendizagem.
A oralidade, o trabalho em grupo e as habilidades na resolução de problemas, são competências que têm no ensino de idiomas um campo vasto para serem trabalhadas. Cabe ao professor estar atento a essas oportunidades, além de manter a intencionalidade em mente na elaboração e na preparação de suas atividades.
Fonte: Divulgação