Na quinta-feira, dia 20 de junho, Antônio Prado foi palco de um encontro fundamental para o desenvolvimento sustentável da Serra Gaúcha. O Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Serra Gaúcha (CISGA) e o Instituto de Saneamento Ambiental da Universidade de Caxias do Sul (ISAM-UCS) deram continuidade ao trabalho de elaboração do Plano Municipal de Conservação e Recuperação do Bioma Mata Atlântica (PMMA) e do Diagnóstico Socioambiental para Delimitação de Áreas de Preservação Permanente (APP’s).

O evento, realizado no Espaço de Cultura, em Antônio Prado, reuniu representantes dos municípios de Antônio Prado, Fagundes Varela, Farroupilha, Flores da Cunha, Nova Bassano, Nova Roma do Sul e Vila Flores. Os participantes formalizaram acordos para a execução de um ou ambos os serviços, demonstrando um compromisso coletivo com a preservação ambiental.

As Engenheiras Bianca Breda e Geise Macedo dos Santos, do ISAM, apresentaram detalhadamente as etapas e o cronograma de elaboração do Diagnóstico Socioambiental e do PMMA, enfatizando a importância da colaboração técnica entre o ISAM e o CISGA, que representa 26 municípios da região.

O prefeito de Antônio Prado, Roberto José Dalle Molle, destacou a relevância do trabalho conjunto para enfrentar problemas comuns aos municípios. “É um trabalho que precisa de continuidade pelas futuras administrações municipais. É essencial que seja levado adiante”, afirmou.

Rudimar Caberlon, diretor-executivo do CISGA, reforçou a necessidade de soluções integradas para as questões regionais. “A troca de experiências e conhecimentos facilita a conquista dos objetivos comuns a todos os municípios,” disse Caberlon.

Neide Pessin, pró-reitora de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico da UCS, ressaltou a pertinência do debate sobre questões ambientais, especialmente em um momento de instabilidade climática. “A UCS, através do ISAM, não poderia deixar de estar presente nessa proposta. Vamos dialogar, trocar ideias e capacitar os municípios para superar as adversidades,” concluiu.

Os municípios deverão constituir comitês para trabalhar nos projetos e reuniões serão agendadas para dar sequência na elaboração do PMMA e do DAS. O ISAM também estará nos municípios para capacitação dos envolvidos na elaboração dos planos.

O Diagnóstico Socioambiental para fins de Nova Delimitação de Áreas de Preservação Permanente em Áreas Urbanas Consolidadas baseia-se no Código Florestal Brasileiro para delimitar as faixas marginais nas áreas de preservação permanentes dos recursos hídricos. Já o Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica consiste em um instrumento de planejamento que visa à conservação e recuperação dos remanescentes do bioma, identificando os vetores de desmatamento e destruição da vegetação e áreas prioritárias para conservação e recuperação da vegetação nativa.

Fonte: Vida no Campo com informações do CISGA