Vida no Campo

Blog

Rio Grande do Sul

Animais retornam à natureza após tratamento no Zoo da UCS

Duas corujas suindara e um veado catingueiro acolhidos pelo Jardim Zoológico da UCS voltam à vida livre na Serra Gaúcha / Crédito das fotos: Gabriel Guerreiro Fiamenghi
Foto de capa Animais retornam à natureza após tratamento no Zoo da UCS
Duas corujas suindara e um veado catingueiro acolhidos pelo Jardim Zoológico da UCS voltam à vida livre na Serra Gaúcha / Crédito das fotos: Gabriel Guerreiro Fiamenghi
Publicado em
24/08/2023

Duas corujas suindara e um veado catingueiro acolhidos pelo Jardim Zoológico da UCS voltam à vida livre na Serra Gaúcha 

Animais que recebiam tratamento no Jardim Zoológico da Universidade de Caxias do Sul (Zoo da UCS) retornaram à natureza na região da Serra Gaúcha durante o mês de agosto. Duas corujas suindara (Tyto furcata) e um veado catingueiro (Mazama guazoubira) estavam sob cuidados da equipe do Zoo desde junho.

Encaminhadas pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado do Rio Grande do Sul (SEMA), as corujas chegaram ainda filhotes ao Zoo da UCS. Mesmo sem ferimentos, por serem jovens demais, receberam acompanhamentos por cerca de dois meses, até completarem o seu desenvolvimento e estarem aptas para serem reintroduzidas à vida livre, sem os cuidados parentais. 

Já o veado, encontrado no pátio de uma residência em Caxias do Sul, foi resgatado pela Patrulha Ambiental da Brigada Militar (PATRAM), que o conduziu ao Zoo. O animal chegou lesionado devido a um trauma causado por uma colisão com um muro, segundo a PATRAM. Foram constatadas diversas lesões na face do macho juvenil, que durante sua estadia passou por procedimento cirúrgico para estabilizar os ferimentos e tratamento clínico até que estivesse reabilitado e apto para retornar à natureza. Confira como foi a soltura.

O médico veterinário responsável técnico pelo Zoo da UCS, Gabriel Guerreiro Fiamenghi, ressalta a importância do acolhimento que o Zoo proporciona e destaca a parceria com os órgãos ambientais, que resgatam os animais e os direcionam para atendimento. Ele explica que a equipe do zoológico mantém o mínimo de contato possível com os animais em tratamento, tanto para evitar laços afetivos quanto para potencializar significativamente as chances deles retornarem à natureza.

Por outro lado, em algumas situações, quando os animais não têm condições de voltarem a ter uma vida plena e livre, eles permanecem sob os cuidados do Zoo. "Quando a gente recebe um animal de vida livre, o principal objetivo é sempre a reabilitação para que ele possa voltar à natureza, mas caso isso não seja possível, por alguma questão, ele acaba sendo acolhido pelo zoológico", contextualiza Fiamenghi. Esse é o caso de Ollie e de Jolie, dois veados catingueiros fêmeas que seguem no Zoo. Veja a Ollie assim que chegou à instituição.

Neste ano, diversos animais já passaram pelos cuidados da equipe do zoológico da UCS e do Instituto Hospitalar Veterinário (IHVET), como o gato-maracajá, que voltou a vida livre, o puma Zaki, que se despediu da UCS após ter sido acolhido na instituição desde 2003, o veado catingueiro e o jacaré de papo-amarelo, que seguem no Zoo, o veado fêmea Ollie e um lagarto, que voltou a andar após receber tratamento no ZOO da UCS.

 

O Jardim Zoológico da UCS

 

A UCS é referência estadual no acolhimento de animais para tratamento, destinados, protocolarmente, pelos órgãos públicos. A Instituição, que mantém o Jardim Zoológico (JAZO) – inaugurado em 1997 – com recursos próprios, trabalha em projeto de modernização da infraestrutura do espaço, para o qual busca estabelecer parcerias públicas e privadas. Ele funciona como centro de recuperação e abrigo de animais silvestres apreendidos em cativeiro ilegal ou encontrados debilitados, feridos ou órfãos, que após avaliação e tratamento veterinário especializado podem permanecer no local, ser encaminhados para criadouros legalizados ou reintegrados à natureza.

Atualmente, há diversos animais que passaram por tratamentos e foram acolhidos pelo JAZO, como é o caso do papagaio charão (Amazona pretrei), do veado catingueiro (Mazama guazoubira) - carinhosamente apelidado de Kowalsky -, o gato-do-mato-pequeno (Leopardus guttulus) chamado de Bulita (que não pode retornar à natureza pois perdeu a visão após o ataque de um cão), e do ouriço-cacheiro fêmea (Erinaceus europaeus), que recebeu o nome de Giovana e foi apreendido em cativeiro ilegal (por ser muito dócil e ter se afeiçoado ao ser humano, precisou ser acolhido no Zoo). 

 

Fonte: Divulgação/UCS

Anúncios
BRSUL Ipê

Receba nossas novidades

Inscreva-se na nossa newsletter e receba nosso informativo.