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A Passagem para um Novo Reino: Uma Reflexão Pessoal

A dor da perda é um território inexplorado até ser experienciado. / Imagem: Gabriela Marsilio
Foto de capa A Passagem para um Novo Reino: Uma Reflexão Pessoal
A dor da perda é um território inexplorado até ser experienciado. / Imagem: Gabriela Marsilio
Publicado em
17/08/2023

A dor da perda é um território inexplorado até ser experienciado. Recentemente, meu pai, aos 89 anos, deixou este mundo. Uma vida longa, cheia de histórias, aprendizados e momentos inesquecíveis. E agora, encontro-me navegando nas águas turvas do luto, refletindo sobre a morte e o que ela realmente significa, pela segunda vez.

Morte, para muitos, é um tabu. Um assunto que evitamos, um pensamento que repelimos. Mas a inevitabilidade da morte é o que nos torna verdadeiramente humanos. A finitude é uma constante, um lembrete de que somos seres efêmeros, transitórios, em uma jornada terrena. E, como meu pai e minha mãe, Inês, sempre acreditaram, estamos todos em uma passagem para um reino mais elevado, o Reino de Deus.

O luto, em toda a sua complexidade, não é apenas uma reação à perda, mas também uma profunda introspecção sobre a vida e sua fragilidade. Meu pai sempre foi uma rocha em vida. A ideia de que alguém tão constante, tão presente, pudesse partir era imaginável. Mas minha crença inabalável na vida após a morte me dá forças. Vejo a morte não como um fim, mas como uma transição, uma passagem para um reino onde a alma encontra paz ao lado de Deus Pai, filho e Espírito Santo,

Sou Católica, e acredito que a morte é apenas uma passagem. Uma passagem para um novo começo, uma vida eterna ao lado de Deus. Ao refletir sobre essa crença, encontro o consolo. Imagino meu pai agora em um lugar de infinita beleza e serenidade, um lugar onde não há dor ou tristeza, apenas amor e compreensão.

Devo confessar, meu coração está sereno. A experiência me fez perceber a importância de estarmos sempre preparados, não apenas para a morte, mas para entender e aceitar que ela é uma parte intrínseca da vida. Como seres humanos, temos o privilégio de sentir, amar, aprender e crescer. E a morte, em sua natureza misteriosa, é apenas uma etapa da nossa jornada para a vida divina.

Talvez, a lição mais valiosa que podemos tirar do luto é reconhecer e valorizar a preciosidade da vida e dos momentos que compartilhamos com nossos entes queridos. A morte é inevitável, mas a maneira como vivemos e como enfrentamos o luto é uma escolha. Escolho lembrar, celebrar e agradecer pelo tempo que tive com meu pai, dos seus 89 anos, 45 anos esteve presente e esperar, com esperança e fé, pelo reencontro no Reino de Deus.

E assim, enquanto trilhamos nossos caminhos terrenos, que possamos encontrar força e propósito em nossa fé, preparando-nos para a eventual passagem, com a certeza de que a morte não é o fim, mas apenas um novo começo.

 

Fonte: Marilita Calgaro Scapinelo

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